Foto: Divulgação/PMF |
O levantamento usa a medida PM2.5, sigla que representa o material particulado, que consiste em partículas inaláveis que caracterizam um elemento de poluição atmosférica. Índices de 0 a 5 µg/m³ são considerados ideais. Já os índices entre 5.1 e 10 µg/m³ são considerados acima do ideal, mas ainda são aceitáveis, por causarem poucos riscos à saúde da população. Fortaleza apresentou índice de 3,4 µg/m³, se enquadrando nas cidades com qualidade do ar ideal.
Para o relatório, foram analisados os dados de mais de 30 mil estações de monitoramento da qualidade do ar, instaladas em 7.812 locais localizados em 134 países.
Fortaleza e o monitoramento de qualidade do ar
Desde 2023, a Prefeitura de Fortaleza possui um projeto de política de vigilância da qualidade do ar. Executado pela Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) e Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova), a política é responsável pela instalação de 30 monitores de baixo custo, desenvolvidos em parceria com a Universidade Federal do Ceará.
Os equipamentos são responsáveis pela realização do monitoramento da qualidade do ar em diversos bairros da cidade. Instalados no topo de estruturas, como postes, eles possuem sensores responsáveis por coletar dados como os tipos de poluentes e parâmetros climáticos, tais como temperatura, umidade e pressão do ambiente.
Os dados coletados serão utilizados para a elaboração de políticas públicas eficazes no combate aos danos à saúde e meio ambiente acarretados pela poluição atmosférica.
Os monitores estão instalados próximos a escolas municipais e, atualmente, a Prefeitura de Fortaleza iniciou a implantação também no entorno do Parque do Cocó, em uma ação que visa expandir o monitoramento para áreas verdes centrais. Com a ampliação, o objetivo é detectar precocemente casos de focos de incêndio e, assim, acionar o Corpo de Bombeiros. Até o momento, foram investidos R$ 300 mil no projeto.
Além do projeto, a Seuma também possui uma Estação Móvel de Monitoramento da Qualidade do Ar, que registra continuamente, hora a hora, 24 horas por dia, as concentrações de diversos parâmetros de qualidade do ar e meteorologia.
Luciana Lobo, titular da Seuma, destaca que a política de vigilância se soma a outras políticas que Fortaleza já tem implementado para melhorar a qualidade do ar, como a ampliação de áreas verdes urbanas. “Fortaleza, hoje, está na ponta pela busca de melhoria das condições climáticas, mas a gente sempre quer dar um passo a mais e compreendemos que a qualidade do ar não se relaciona unicamente com a questão ambiental, também tem um aspecto de saúde muito importante”, ressalta ela.