Foto: Renato Mangolin |
Já estão à venda os ingressos para o espetáculo Ninguém Sabe meu Nome, que será realizado na Caixa Cultural Fortaleza nos finais de semana (sexta a domingo), entre os dias 1º a 10 de novembro. Estrelado pela atriz carioca Ana Carbatti, que foi indicada aos prêmios Shell e APTR por este papel, a peça conta com direção de Inez Viana e Isabel Cavalcanti. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do equipamento por R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia – incluindo clientes Caixa). Na sexta-feira, 1º de novembro, a sessão é gratuita para clientes Caixa.
Idealizada por Ana Carbatti, que divide a dramaturgia com Mônica Santana, o monólogo estreou em 2022 e aborda o dilema de uma mãe preta de como falar sobre racismo com o filho. Em cena, Ana Carbatti interpreta múltiplas vozes, trazendo reflexões sobre os códigos racistas implícitos na sociedade, suas consequências e as possibilidades de reparação.
Tudo começa quando a personagem desperta de um pesadelo em que o filho desaparece, levando-a a questionar seu papel como mãe e mulher em uma sociedade desigual. Em um diálogo íntimo com o público, ela expõe suas angústias, medos e esperanças, utilizando o humor para gerar empatia e engajamento, e trazendo à tona a importância da reparação histórica.
Além das apresentações, o projeto inclui atividades complementares. No sábado (2), haverá um bate-papo com a atriz logo após a apresentação, com acessibilidade. Já no domingo (3), Ana Carbatti conduzirá a oficina gratuita “Meu corpo: ação e emoção teatral”, voltada a jovens e adultos a partir de 17 anos, com ou sem experiência teatral. A inscrição pode ser feita pelo formulário disponível no site da Caixa Cultural Fortaleza.
E no dia 9 de novembro, sábado, às 16h, será realizado o debate “CO-VÍTIMA - uma questão de saúde pública”, que abordará os impactos do racismo sob uma perspectiva territorial. A atividade, que também é gratuita, será com Cicera Barbosa, educadora popular engajada nas questões raciais, de gênero e nos movimentos de memória, verdade e justiça.
Professora de Historia da Rede Estadual do Ceará desde 2010, Cicera Barbosa também é especialista em Educação para relações Étnico-Raciais, Mestre no Programa de História Social UFC- Memória e Temporalidades, quando investigou a atuação do Movimento Negro Cearense entre 1980 e 2000. Além disso, é coordenadora da Pesquisadora Aquilombar-CE e militante do Movimento de Mulheres Negras.