Foto: Reprodução Instagram |
O julgamento do educador físico, Antônio Márcio Parente e Silva, de 49 anos, que matou a própria esposa, Cristiane Lameu e Silva, de 45 anos, no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza, foi condenado a 28 anos e 10 meses de prisão. A decisão foi do Conselho de Sentença da 3ª Vara do Júri de Fortaleza, que entendeu ter havido homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e feminicídio).
A sessão, presidida pelo juiz Fábio Rodrigues Sousa, teve início na manhã dessa terça-ra (1º) e se estendeu até a madrugada desta quarta-feira (2). Entre o cometimento do crime e o julgamento foram oito meses.
A defesa alegou que o episódio foi cometido em razão de surto psicótico sofrido pelo réu em decorrência do seu estado mental e pediu, portanto, a absolvição dele.
Contudo, os jurados não acataram a tese de defesa e o consideraram culpado. A pena deve ser cumprida em regime fechado.
O CASO
Segundo denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), no dia do crime o acusado pediu ao filho para entrar dentro de um carro que estava na garagem do imóvel em que residiam e colocar fones de ouvido. Em seguida, o réu pegou uma faca e desferiu diversos golpes contra a vítima.
RAPIDEZ
O caso é acompanhado pelo programa “Tempo de Justiça Mulher”, que tem dado mais celeridade aos processos de feminicídio com autoria esclarecida. O Poder Judiciário estadual recebeu denúncia do MPCE no dia 6 de fevereiro, uma semana após o crime. Já em 7 de março, o juiz Fábio Rodrigues Sousa pronunciou o réu, determinando que o julgamento fosse realizado pelo Tribunal do Júri.
Inicialmente, o júri foi agendado para dia 30 abril, contudo a defesa do acusado ingressou com pedido de avaliação para verificação de insanidade mental, o que motivou a postergação do julgamento para esta terça-feira (1º).