Câncer ósseo afeta mais de 700 mil pessoas por ano no Brasil

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Foto: Divulgação 

O câncer ósseo é uma doença complexa, que a cada ano acomete milhares de pessoas no Brasil. De acordo com estimativas da Sociedade Brasileira de Cancerologia, cerca de 704 mil novos casos serão diagnosticados no país até 2025. Dentre os diversos tipos de câncer, o ósseo, embora menos comum, merece atenção especial. “O tumor ósseo representa apenas cerca de 2% dos casos de câncer no Brasil. Apesar da baixa incidência, é fundamental que a população esteja atenta aos sintomas e procure um ortopedista ao perceber qualquer alteração", explica a ortopedista Christine Muniz, Presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - Seção Ceará (SBOT-CE). 


Uma das principais dificuldades no combate ao câncer ósseo é a falta de conhecimento sobre suas causas. No entanto, os sintomas mais comuns do câncer ósseo incluem dor, inchaço e dificuldade de movimento. “Essa ausência de informações dificulta a prevenção, e, acima de tudo, torna o diagnóstico precoce ainda mais importante. A dor, especialmente se for persistente e piorar à noite, é um dos principais sinais de alerta", ressalta Christine Muniz.


Diagnóstico e tratamento


Conforme a Presidente da SBOT-CE, o diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, de imagem (tomografia, ressonância magnética e cintilografia óssea) e anatomopatológicos (análise de células do tumor).


“Entre os tipos mais comuns de câncer ósseo, destacam-se o osteossarcoma, que atinge principalmente adolescentes e jovens adultos, e o sarcoma de Ewing, mais frequente em crianças e adolescentes. Ambos tendem a afetar os ossos longos, como fêmur e tíbia. Já o condrossarcoma é mais comum em adultos e desenvolve-se com maior frequência no fêmur, na bacia e no úmero”, destaca Christine Muniz, Presidente da SBOT-CE. 


O tratamento do câncer ósseo é individualizado e depende de fatores como o tipo de tumor, o estágio da doença e as características do paciente. “As principais opções terapêuticas incluem a cirurgia; a quimioterapia, que utiliza medicamentos para destruir as células cancerígenas; e a radioterapia, que emprega radiação para eliminar as células tumorais”, explica Christine Muniz. “Quanto mais cedo o câncer ósseo for detectado, maiores são as chances de sucesso do tratamento. Ao perceber qualquer alteração, um ortopedista deve ser consultado”, alerta a Presidente da SBOT-CE.

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