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Foto: Divulgação |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, na última quarta-feira (27), no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília (DF), o decreto que regulamenta a implantação da TV 3.0. A medida marca o início de um novo momento para a radiodifusão brasileira, com a modernização do sistema de transmissão da televisão aberta.
Também conhecido como DTV+ (Digital Television+), este novo modelo trará uma melhor qualidade de imagem para os canais abertos, com resolução em 4K e podendo chegar até 8K, dependendo do aparelho televisor. Além disso, permitirá acesso a uma melhor qualidade de áudio e uma maior interatividade e integração entre televisão e internet.
O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, comentou sobre a importância dessa implementação, e ressaltou que ela irá ocorrer de maneira gradual e gratuita, tendo um período de convivência da TV Digital com a TV 3.0 por 10 a 15 anos.
“Vamos integrar o digital com TV para que possamos evoluir na prestação de serviço e na cidadania. A televisão aberta é um ponto de encontro do povo brasileiro, e precisa evoluir para continuar sendo popular e democrática“, disse o ministro.
Para a presidente da Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acert), Cármen Lúcia, a implementação da TV 3.0 ocorre para atualizar a televisão aberta diante da maneira atual em que se consome conteúdos em vídeos, principalmente em comparação ao ambiente digital.
“Devido às plataformas de streaming, os telespectadores podem decidir a qualquer momento o que irão assistir, isso ainda em alta definição. Então, a chegada do DTV+ vai permitir que os canais abertos se adaptem melhor a essa nova maneira de consumo e fortaleçam ainda mais a televisão aberta como o principal canal de conteúdos em vídeo do Brasil”, afirma a presidente da Acert.
Com a implementação da TV 3.0, as emissoras poderão entregar recursos semelhantes aos de serviços de streaming, como interatividade em tempo real, permitindo votar em enquetes, acessar informações complementares e até realizar compras diretamente pela televisão. Além disso, haverá um sistema de publicidade personalizado, com mecanismos semelhantes aos algoritmos das redes sociais.
Para ter acesso a esses recursos, será necessário adquirir um conversor externo, assim como aconteceu na migração do sinal analógico para o digital. “Futuramente, entretanto, as fabricantes de televisão no Brasil já deverão integrar esses dispositivos nos novos aparelhos.”
O cronograma de implementação contará com etapas de transição, para que as emissoras e a indústria possam se adaptar às novas tecnologias. A expectativa é que, nos próximos anos, o novo padrão esteja presente em todo o território nacional.