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| Foto: Verônica Martins |
Poesia, boa contação de história e a beleza da música nordestina se encontram no show “Waldonys: o cantador de histórias”, do cantor e sanfoneiro cearense Waldonys, que também é piloto acrobático, pára-quedista e um proseador apaixonado. A apresentação acontece no Teatro RioMar Fortaleza, às 21 horas, na sexta-feira (19), em comemoração ao seu aniversário de 53 anos de idade, que completa no dia 14. Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro (de terça a sábado, das 14h às 20h) e no site uhuu.com.
O show traduz a figura criativa e talentosa do multiartista Waldonys. Com releituras, novos arranjos e um formato mais intimista, o sanfoneiro das alturas aterriza de mansinho no palco para envolver o público em um momento repleto de histórias, causos, poesias e músicas.
Em uma atmosfera mais acolhedora e diferente da maioria de suas apresentações, a principal participação de “Waldonys: o cantador de histórias” é do pai do músico, o sanfoneiro Eurides Menezes, sua inspiração de vida e deste show. “Um dos grandes momentos do show vai ser a participação do meu pai, que sempre é muito legal, mas esse ano tem um fator diferente e temos que aproveitar”, diz o artista, referindo-se à fase de tratamento de saúde que o pai está atravessando. “Eu não ia fazer esse show, mas resolvi que vou fazer e ele vai participar! Não podemos perder as oportunidades. Não sabemos até quando estaremos aqui”, revela.
REPERTÓRIO
Acompanhado por banda com formação mais intimista, o músico traz um show emocionante mostrando a sua trajetória artística, aventuras, causos e muita poesia. Entre prosas e cantorias, Waldonys inclui histórias engraçadas das composições do Sr. Luiz Gonzaga, além de interpretá-las. Essa mescla de linguagens em suas apresentações sempre foi sua marca, mas desta vez, Waldonys promete algo mais próximo do público.
O público vai poder conferir sucessos do forró, como “Meu Cenário”, música de autoria de Petrúcio Amorim, “Até Mais Ver”, “Jardim dos Animais” e “O Sonho de Ícaro”, temas que não podem faltar em seus shows, e músicas que normalmente não estão em seu repertório. “Ao longo do show, vou citar também ‘Fanatismo’, poema de Florbela Espanca que foi musicado por Fagner, ‘Vaca Estrela e Boi Fubá’, de Patativa do Assaré, e teremos outras surpresas”, revela.
CARREIRA
Nascido em Fortaleza, em 1972, Waldonys começou a tocar acordeon ainda criança e desde então, o amor às raízes nordestinas sempre foi evidenciado em seu trabalho. Suas referências musicais foram construídas bebendo na fonte dos menestréis da sanfona no Nordeste, Dominguinhos e Luiz Gonzaga, seu padrinho de profissão. Foi o Rei do Baião que desde cedo identificou seu potencial artístico e viu nele a possibilidade de manter viva a tradição deste instrumento.
Depois de percorrer o mundo com sua sanfona, companheira inseparável de jornada, e ter sua carreira musical já consolidada, Waldonys expressa em seu cantar o anseio por construir novos olhares sobre o Nordeste. Ele busca uma narrativa que se sobreponha à sequidão e à terra ardente, de forma a conduzir o público à contemplação do belo e do simples, que também permeiam tais cenários. Com igual desenvoltura com que interpreta o forró de raiz, através dos foles de seu instrumento, passeia por outros ritmos e estilos que viajam por todos os continentes.
Conhecido no meio musical e entre familiares e amigos como um amante da música e também da arte de voar, Waldonys cruza os céus em arrojadas manobras acrobáticas a bordo do seu avião e em seus saltos de paraquedas, no qual já contabiliza mais de 3000 saltos, fazendo assim da atividade aeronáutica uma arte. Hoje, há shows conjugados: um nos céus; outro nos palcos. Waldonys, com maestria, segue pelo Brasil emocionando multidões, com suas incomparáveis e exclusivas apresentações aeromusicais.
