OTHELO, O GRANDE estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (5)

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Foto: Divulgação


Dirigido por Lucas H. Rossi dos Santos e produzido por Ailton Franco Jr, "Othelo, O Grande" poderá ser assistido nos cinemas a partir desta quinta-feira, (5). Com classificação indicativa de 12 anos, o documentário conta com estreia confirmada nas seguintes praças: São Paulo, Rio de Janeiro, Aracajú, Balneário Camboriú, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Caxias do Sul, Cuiabá, Fortaleza, João Pessoa, Leme, Londrina, Maceió, Niterói, Palmas, Paulista, Poços de Caldas, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Salvador, Santos, São José dos Campos e Vitória. 


Vencedor do Prêmio de Melhor Documentário no Festival do Rio 2023, "Othelo, O Grande" tenta responder essas perguntas através do próprio Otelo. Nascido Sebastião Bernardes de Souza Prata, o Grande Otelo, é um dos maiores atores e comediantes da história do Brasil, testemunha da luta por espaço de pessoas negras no cinema brasileiro.


O longa revela ao grande público e apresenta para as novas gerações as diversas facetas do artista. Otelo trabalhou com cineastas como Orson Welles, Joaquim Pedro de Andrade, Werner Herzog, Julio Bressane, Marcel Camus e Nelson Pereira dos Santos, entre tantos outros, e usou esse espaço para moldar sua própria narrativa e discutir o racismo institucional que o assombrou por oito décadas, duas ditaduras e mais de uma centena de filmes.


O documentário também participou de diversos festivais nacionais e internacionais, como a Mostra de S. Paulo, o 17º Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul; 18º Festival Aruanda, onde recebeu o Prêmio de Melhor Montagem; foi o filme de abertura do 3º DH Festival - Festival de Cultura em Direitos Humanos e do 5º Pirenópolis Doc - Festival de Cinema Documentário e da Roda Sesc de Cinemas Negros; também participou do XIX Panorama Internacional Coisa de Cinema, em Salvador; da Mostra “O Corpo Negro 2024”, realizada no Sesc RJ; da 19ª CineOP - Mostra de Cinema de Ouro Preto e teve sua estreia internacional no prestigiado festival Blackstar no EUA, considerado o Sundance do cinema negro. Também passou pelo 17th Bali International Film Festival - Balinale; e acumula outras seleções em festivais internacionais previstos para o segundo semestre.


Brilhante, vencedor contra todas as probabilidades, se tornando um dos maiores atores brasileiros do século XX. Negro, órfão e neto de escravizados, ele desafiou o racismo estrutural ao eternizar seus personagens no cinema e na TV, abrindo caminhos para as futuras gerações de artistas negros. 

 

A linguagem do filme tem como foco a abordagem do sujeito Sebastião por ele mesmo, em primeira pessoa. Negro, ator, umbandista, pai de cinco filhos e um homem cheio de feridas expostas ao lutar contra o racismo em uma vida marcada por tragédias desde a infância até a sua morte. Esse filme tem o objetivo de humanizar, desconstruir e desmistificar sua história com o humor típico de Grande Otelo. A escolha de fazer um filme todo de material de arquivo e de colocar Otelo para contar sua própria história foi um gesto para deixá-lo conduzir sua própria narrativa e não deixar que ninguém interferisse nela. 


Ao abrir mão de trazer depoimentos de fora, a produção capta essencialmente a alma de seu protagonista, se afastando de possíveis narrativas exóticas e mistificadas sobre o artista. A necessária homenagem reabilita a imagem de Otelo para um público que tem deixado cair no esquecimento a memória desse talento ímpar. “Este documentário é também uma releitura política sobre Otelo e um resgate histórico da memória deste ícone da cultura brasileira que, como sempre, proporcionou ao público negro brasileiro excelentes oportunidades para se reconhecer nas telas", reflete Rossi.





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