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A maturidade feminina chega ao palco com força, graça e irreverência no espetáculo Menospausa, protagonizado pelas atrizes Ana Cristina Viana e Solange Teixeira, com direção de Ana Mangeth. A estreia acontece no dia 25 de julho, às 19h, no Cineteatro São Luiz, com entrada gratuita. No dia seguinte, 26 de julho, a montagem tem nova apresentação no mesmo horário, com ingressos à venda por R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia) pelo Sympla e na bilheteria do teatro.
A peça é uma comédia que provoca reflexões sobre a menopausa e o envelhecimento feminino, rompendo com os estigmas sociais que frequentemente associam essa fase da vida à pausa dos desejos, do amor, da produtividade e da visibilidade social e artística. Pelo contrário, Menospausa propõe um olhar potente e sensível sobre esse momento de transição, exaltando a autonomia, os sonhos e a vitalidade das mulheres maduras.
Escrito por Ana Cristina Viana, que também assina a produção, o texto surge de inquietações vividas em diálogo com Solange Teixeira, sua parceira de cena e amiga de longa data. Juntas, elas viveram o sucesso da comédia Trancafiadas, em formato de mini doc e construído durante a pandemia, e agora retornam ao palco reafirmando o compromisso com a arte e com a afirmação de corpos e vozes que insistem em não silenciar.
“Menospausa é uma resposta criativa e ousada ao etarismo e ao mito da juventude eterna. É sobre continuar vivendo intensamente, com liberdade, prazer e presença”, resume Ana Cristina.
Sinopse
Márcia e Izabel são amigas e atrizes, ambas na menopausa. Entre dramas e risos, compartilham experiências que atravessam o corpo, a mente, o desejo e o fazer artístico. A peça mistura ficção e autobiografia, realidade e teatralidade, abordando de forma leve, profunda e afetiva os impactos da maturidade em suas vidas.
A direção
Convidada especialmente para a montagem, Ana Mangeth, atriz com sólida trajetória, estreia na direção de teatro adulto com um trabalho que valoriza a escuta e a criação coletiva. “Me reconheço na voz dessas mulheres. É um retorno àquilo que acredito artisticamente”, afirma. A encenação joga com a quarta parede, ora aproximando-se do público, ora reconstruindo a ilusão cênica, numa dramaturgia que se revela em camadas – cenas dentro de cenas – entrelaçando o íntimo e o teatral.
“A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer”, já dizia Arnaldo Antunes – e Menospausa é prova disso.